LEIA ISSO ANTES DE DECIDIR A PLATAFORMA IOT!
A Internet das Coisas é uma realidade, o que vale destacar é uma premissa do termo, que é a conectividade, a INTERNET das Coisas.
Sem conectividade, NÃO HÁ IoT.
Até aí está bem óbvio, mas só a “coisa” e a “internet” não são suficientes para SER IOT e, se você terminar de ler este artigo, saberá o porquê e tem mais, poderá ter ampliado o seu conhecimento e terá a oportunidade de registrar seu comentário para tornar o conteúdo ainda mais rico.
Agora que tenho alinhado o seu comprometimento, vamos prosseguir!
Internet + Coisa mas… e as plataformas IoT, como surgiram?
E porquê da sua importância no ecossistema IoT?
Entendendo a Internet dos Humanos
Usamos um provedor de conectividade via cabo ou através de redes móveis e usamos nossos dispositivos, laptops, celulares, tablets e acessamos ou nos conectamos a algum serviço, pois temos a inteligência e livre-arbítrio para usar a internet como quisermos.
No mundo dos objetos conectados, o meio de acesso é bem parecido, existindo diversas outras redes que pode prover internet ao seu dispositivo, porém após este passo o dispositivo precisa se conectar a um determinado serviço para executar as devidas funções para o qual foi projetado, diferentemente de um humano usando.
Neste ponto é onde surge a necessidade de um serviço que forneça uma conectividade padronizada, segurança e integração com aplicativos, entre outros, para que o objeto consiga exercer o seu propósito.
Voltando um pouco no tempo
Quando só haviam as soluções M2M(machine to machine), os dispositivos eram conectados entre si ou a softwares específicos, com protocolos específicos, projetados para um determinado fim utilizando paradigmas de aplicações tradicionais, onde eram instalados e executados em computadores, servidores locais, ficando mais limitados quanto a configurações de hardware, sistemas operacionais, entre outros.
O mesmo software poderia até atender diversas empresas, porém eles precisavam ser instalados e mantidos no local, onde exigia uma alta demanda de pessoal técnico e custos de manutenção.
Com o advento da computação em nuvem (em inglês: cloud computing) e o modelo de PaaS (em inglês: Plataform as a Service) os softwares dedicados podem ser utilizados como serviço online, por diversos clientes, em uma única infraestrutura.
O modelo PaaS provê toda a infraestrutura desde o hardware, sistema operacional, conectividade até um nível de aplicação específico, escalável e com segurança. Este ecossistema possibilitou uma vasta gama de soluções e serviços online com alcance global, onde a internet das coisas também se beneficiou.
Plataformas IoT, IoT Application Enablement Platform (IoT AEP)
As plataformas de Internet das Coisas, também chamada de plataforma de ativação de aplicativos IoT (em inglês: Application Enablement Platform – AEP), como contextualizado, é uma camada de aplicação e inteligência que fica entre os dispositivos e os aplicativos provedores de algum serviço.
As principais plataformas de IoT de uso geral do mercado, ou talvez as que tiveram maior notoriedade até o momento, são as dos grandes players de tecnologia mundial como a da Google, Amazon, Microsoft e IBM, que passaram a oferecer as soluções para internet das coisas integradas aos seus outros serviços.
As plataformas estão em constante evolução e cada vez mais empresas especializadas nos mais diversos segmentos estão disponibilizando as suas próprias plataformas de IoT em nuvem, como SAP, Bosh, Cisco, Siemens entre muitas outras na indústria.
A cada dia surge uma nova plataforma de hardware para IoT, com suas características e necessidades específicas, com isso muitas destas empresas optaram em criar suas próprias plataformas em nuvem para uso próprio e também disponibilizam elas como serviço à terceiros. Alguns até disponibilizam essas plataformas em forma de código aberto (open source).
A Internet das Coisas está em plena expansão, assim como está bastante fragmentadas e não há interoperabilidade entre os dispositivos e plataforma.
Neste sentido a Web of Things, liderada pela at W3C1 possui um grupo de trabalho que busca combater esta fragmentação e estabelecer um padrão para a IoT.
[1 O World Wide Web Consortium (W3C) é uma comunidade internacional onde organizações membros, junto com uma equipe em tempo integral e o público trabalham juntos para desenvolver padrões da Web . Liderada pelo inventor e diretor da Web, Tim Berners-Lee, e pelo CEO Jeffrey Jaffe, a missão do W3C é liderar a Web em todo o seu potencial.]
A quantidade de plataforma de IoT em nuvem cresceu tanto que já existe empresa especializada em testar plataformas e fornece relatórios para as indústrias e interessados. Com este serviço é possível ter uma análise mais técnica de qual seria as melhores opções do mercado.
A escolha de uma plataforma de Internet das Coisas pode não ser uma tarefa trivial, existem centenas de opções desde plataforma para testes e makers até para uso profissional, além das opções de código aberto, que dependendo do caso pode não ser a melhor opção.
A melhor forma de escolher é usar e testar a maior quantidade possível, verificando qual se adapta as suas necessidades.
A empresa MachNation, se posiciona como a primeira empresa especializada em testar e pesquisar plataformas de IoT em nuvem além de entender e prever tecnologias, com um laboratório independe de benchmarking.
Devido à complexidade e importância desta decisão, os serviços da MachNation ou de empresas similares, pode apoiar você nos pontos que precisam de atenção para você que pretende adotar uma plataforma de IoT em Nuvem.
Uma plataforma precisa de um extenso check-list, segue uma amostragem:
- Resolver seus problemas de conectividade,
- Escalar facilmente,
- Fornecer segurança aos dispositivos,
- Fazer a gestão dos seus dispositivos
- Precisa abstrair todo know-how de TI (PaaS) necessário
- Fornecer meios de monitoramento e meios de ações para que você faça a operação de seus produtos/dispositivos conectados da melhor forma.
Se você não tiver consciência destes pontos, isto pode se transformar em um problema. A exemplo de optar por uma opção de código aberto somente pelo fato do custo da plataforma em si.
A escolha de uma plataforma de código aberto talvez possa ser mais difícil do que uma plataforma como serviço, tem muitos outros pontos de atenção, tudo vai depender do quanto você quer ou precisa dominar desta plataforma, no que diz respeito às implementações específicas, domínio da linguagem ou das linguagens de programação utilizadas, banco de dados entre outros recursos técnicos necessários, se possui uma comunidade ativa ou se existe suporte corporativo.
O apelo do open source é muito forte, mas ao mesmo tempo as tecnologias e linguagens estão mudando muito rápido e uma determinada plataforma pode ser “abandonada” por uma comunidade com o surgimento de novas tecnologias. Para um produto de longo prazo é preciso uma análise mais aprofundada.
As integrações com outros serviços e tecnologias também é um ponto importante de considerar. A inteligência artificial, o Blockchain, IOTA (Tangle), Digital Twin, Realidade Aumentada bem como a Realidade Virtual, Meios de Pagamentos, CRMs entre outros podem ser explorados como já está sendo feito.
Apesar da quantidade existente de plataformas de IoT em nuvem, ao meu ver o mercado ainda está iniciando, os grandes, ou gigantes, nunca vão e não poderão atender a todos em todos os níveis de aplicação. Isto pode gerar conflitos nos negócios. Como os grandes players possuem uma gama muito grande de outros serviços, para eles não é interessante que ele se torne concorrente de seus clientes. Mesmo em outros mercados, como e-commerce, sempre há espaço para mais um desde que este seja inovador.
Segundo o Hype Cycle do Gartner, em 2017 e 2018 as plataformas de IoT ficaram na fase das expectativas infladas, geradas pela mídia etc. Talvez neste ano possamos avançar para outra fase em rumo a adoção e estabilidade da tecnologia. Mas pela previsão isso só acontecerá daqui uns 4 a 5 anos.
Finalizando este overview sobre as Plataformas de IoT, vou listar algumas opções disponíveis. Desde grandes empresas de tecnologia a empresas desenvolvedoras de tecnologias para indústrias e softwares. Já começa ter algumas opções nacionais também, destacadas abaixo.
Plataformas
- Amazon AWS IoT
- Google – Cloud IoT Core
- IBM Watson IoT Platform
- Microsoft Azure IoT
- Adafruit
- AirVantage® IoT Platform
- Balena
- Bosch IoT Suite
- Cisco Jasper
- ClearBlade’s IoT platform
- Eclipse Iot
- GE – Predix Platform
- Iotify.io
- kaa Project
- Kii
- Murano
- Oracle IoT
- PubNub
- Reekoh Integration Platform-as-a-Service
- Resiot – IoT Platform and LoRaWAN™
- Salesforce IoT
- SAP Cloud Platform Internet of Things
- SAP Cloud Platform Internet of Things
- Siemens – Mind Sphere
- The Things
- The Things Network LoRaWAN™
- Thingspeak
- Thingstream
- Wia
Plataformas Nacionais
- Denox
- Dojot
- Eugenio
- Geniot
- Konker
As Plataformas IoT em nuvem são essenciais para a implantação de um projeto de IoT, permitindo um desenvolvimento rápido, seguro e com custos reduzidos.
Para explorar suas particularidades é preciso se estudar, e você já começou a ler este artigo!
Cite abaixo nos comentários a plataforma que você usa ou já usou e indique outras plataformas que não foram citadas acima. Vamos compartilhar informações!
O Artigo foi inspirado e usa informações de:
MachNation – https://www.machnation.com/product/iot-platform-benchmarking/
Web Of Things – https://www.w3.org/WoT/
Hype Cycles de varios anos – https://zlonov.ru/gartner/hc/#lightbox/19/
Sobre o Autor Jose Carlos Pineli (https://www.linkedin.com/in/pineli/)
É Membro da comunidade Tudo Sobre IoT, Desenvolvedor de software a mais de 20 anos, com experiência em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e softwares, e-commerce, entusiasta de IoT e de novas tecnologias.