O Impulso Brasileiro na Indústria de Semicondutores, conheça a Missão 4 Brasil
Nova lei alavanca investimento privado de R$ 24,8 bi para exportação de chips “Made in Brazil”
A recente lei sancionada pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem como objetivo fortalecer o papel do Brasil no mercado global de semicondutores por meio de investimentos significativos e avanços tecnológicos. Esta legislação não apenas revitaliza o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis), mas também introduz o programa Brasil Semicon. Prevê-se um pacote de incentivos anual no valor de R$ 7 bilhões, destinados à produção de chips, painéis solares e dispositivos eletrônicos, esperando-se atrair R$ 24,8 bilhões em investimentos privados para pesquisa, desenvolvimento e expansão das capacidades produtivas das fábricas de semicondutores.
Saiba em detalhes alguns dos programas que integram a Missão 4 da Nova Indústria Brasil (NIB)
Aspectos Positivos:
- Aumento da Competitividade: O impulso para setores de alta tecnologia tem potencial para melhorar a competitividade das indústrias brasileiras no cenário internacional.
- Estímulo Econômico: Os grandes investimentos em P&D e capacidade produtiva podem revitalizar a atividade econômica e criar empregos, especialmente em setores de tecnologia de alto valor.
- Integração ao Mercado Global: Alinhando-se aos padrões tecnológicos globais e aumentando a capacidade de exportação, o Brasil busca se tornar um jogador significativo no mercado internacional de semicondutores.
Aspectos Negativos:
- Incerteza do Retorno a Longo Prazo: O retorno sobre o investimento a longo prazo depende fortemente das dinâmicas do mercado global e das mudanças tecnológicas, que são imprevisíveis.
- Alocação de Recursos: O foco em semicondutores pode desviar recursos de outras indústrias essenciais, possivelmente estagnando o desenvolvimento industrial mais amplo.
A implementação dessa lei faz parte de uma iniciativa mais ampla sob o programa Nova Indústria Brasil (NIB), que visa avançar áreas como internet das coisas, inteligência artificial e big data.
“A NIB não só vai atuar no desenvolvimento das indústrias locais, como também permite a atração de novos investimentos, o investimento internacional, novas parcerias entre empresas locais e empresas internacionais. Agora, com a estabilidade desse setor, será estimulado um plano de longo prazo e com as metas estabelecidas pelo governo”, diz Rogério Nunes, presidente da Abisemi (Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores). De acordo com ele, o setor de semicondutores é o segundo maior investidor em pesquisa e desenvolvimento e em capacidade produtiva, perdendo apenas para óleo e gás.
Esse quadro legislativo marca um pivô estratégico para melhorar a pegada tecnológica do Brasil e sua capacidade de atender às demandas de uma economia digital. No entanto, o sucesso dessas iniciativas dependerá em grande parte da execução meticulosa e da adaptabilidade às tendências tecnológicas globais e condições econômicas.
Confira um resumo do evento de 11/09/24, onde o Presidente Lula e o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, anunciaram mais uma fase de aprimoramento da NIB, com a Missão 4, Transformação Digital.
Principais pontos do evento:
- Meta de transformar digitalmente 25% das empresas brasileiras até 2026.
- Meta de transformar digitalmente 50% das empresas brasileiras até 2033.
- Lançamento dos desafios de adensamento das cadeias produtivas vinculadas à Missão 4: robôs industriais, semicondutores e produtos e serviços digitais avançados.
- Para os desafios de adensamento das cadeias produtivas, há um mapeamento de cada cadeia produtiva, com mais de 22 informações.
- Para cada cadeia produtiva, construção de matriz insumo-produto e benchmarking internacional.
- Balanço dos recursos do Plano Mais Produção já destinados para Transformação Digital: R$ 40,7 bilhões entre 2023-2024.
- Direcionamento dos recursos do Plano Mais Produção para Transformação Digital (2024-2026): R$ 58,2 bilhões.
- Sanção do PL 13, prorrogando a Lei de Informática e criando TECNAC, e prorrogando o PADIS e criando o Programa Brasil Semicon: R$ 7 bilhões ao ano.
- Anúncio de investimentos do setor privado dos setores de eletroeletrônicose Semicondutores, estimulados pelos programas de governo: R$ 85,7 bilhões.
- Total de investimentos (público e privado)para a Transformação Digital, Missão 4: R$ 186,6 bilhões.
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